Nos últimos anos a ansiedade tem sido pauta de diversas discussões acadêmicas e o motivo do aumento na procura de pacientes por atendimento psicológico/psiquiátrico. Apesar de ser uma reação normal do corpo humano, responsável por alertá-lo em situações desconhecidas ou momentos de perigo, quando ocorre de forma exagerada e com persistência, passa a ser considerada como um transtorno – de ansiedade – causando incômodo e dificultando diversas áreas da vida.

Os transtornos de ansiedade se dão por uma combinação de fatores dentro das esferas genética e ambiental. Isso significa que existe um percentual de influência genética para que uma pessoa desenvolva o transtorno de ansiedade, mas viver em um mundo cada vez mais agitado e estressante ainda é considerado o maior fator para esse tipo de distúrbio.

A ansiedade, quando se torna um transtorno, pode ocasionar diversos sintomas físicos marcantes, chegando a causar prejuízo em seu portador, inclusive na área cognitiva devido à agitação exacerbada. A boa notícia é que existem formas simples, porém, eficientes, que visam o controle da ansiedade e facilitação na mudança do estado de humor e no comportamento de quem sofre com esse mal.

Fazer mudanças nos hábitos alimentares é uma ótima forma de reduzir os efeitos da ansiedade no corpo, pois com o consumo de determinados alimentos pode contribuir no aumento de hormônios relacionados ao bem-estar e fazer com que haja uma descarga de neurotransmissores positivos, o que auxilia no controle da ansiedade.

Exemplos práticos:

REDUZIR A INGESTÃO DE CAFEÍNA

A cafeína é um psicoestimulante natural, ou seja, ao fazer o seu consumo os níveis de atividades motoras e cognitivas ficam aumentados, reforçando o estado de vigília e atenção do corpo. Uma opção de substituição para o café é o chá de camomila, que possui substâncias que promovem o relaxamento em sua erva.

INVISTA NO CONSUMO DE CEREAIS

Além de serem excelente fonte de carboidratos, os cereais possuem composição rica em minerais, fibras e vitaminas do complexo B, especialmente a vitamina B12 que é mais bem absorvida nesse tipo de alimento e foi detectada em níveis baixos ou deficitários no organismo de pessoas que sofrem com o transtorno de ansiedade.

AUMENTE O CONSUMO DE ATUM

Uma alimentação rica em níveis do aminoácido lisina, proporcionou melhora nos níveis de ansiedade de pessoas que participaram de um estudo em 2004. A lisina é um dos componentes dos neurotransmissores, por isso, o resultado para o aumento do seu consumo. Carnes, peixes e leguminosas encontram maiores taxas desse aminoácido, no entanto, especialmente o atum tem altos níveis de lisina.

NO LUGAR DO AÇÚCAR, UTILIZE MEL

O mel é um alimento que possui alto efeito antioxidante e foi utilizado em um estudo de 2009, realizado com ratos na Nova Zelândia, que demonstrou que: os ratos que foram alimentados com mel, tiveram menos ansiedade ao serem colocados em um complexo labirinto, em relação ao que foram alimentados com sacarose. Desta forma, o estudo aponta que tal substituição, pode funcionar também quando se trata de situações estressantes da vida.

 

No tratamento da ansiedade, os nutrientes que atuam com a função de controle são: triptofano, ômega 3, magnésio, vitaminas do complexo B e vitamina D. Porém, fazer mudanças na alimentação não é a única ação necessária para promover a sua prevenção e aumento na qualidade de vida. É fundamental a busca por tratamento adequado com auxílio de profissionais da psiquiatria e/ou psicologia para obter sucesso no processo de recuperação.

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